que tanto gritas em mim!
Agora tu, com dentes que me comem
e tripas que me consomem!
Agora tu, coveiro do meu fim!
Como um rafeiro vil, eis-me a teus pés,
(Depois de Deus, só tu....) nu,
a dizer-te quem és!
Longe do céu, longe da terra, aqui
neste areal do Sonho onde cheguei,
venho entregar-me a ti,
e cuspir-te na cara a tua lei!"
Neste poema o sujeito poético diz-nos na primeira estrofe que Deus tem o poder de tudo na vida, tem o poder de pôr fim e de dar início à vida humana. Nesta estrofe podemos encontrar também uma ponta de ironia quando o "eu" poético diz "Agora tu, com dentes que me comem e tripas que me consomem!": um espírito não come nem consome.
Na segunda estrofe o sujeito poético compara-se a um cão que se debruça sobre os pés do dono.
A terceira estrofe fala-nos do fim, quando nos entregamos à morte.
Sem comentários:
Enviar um comentário