domingo, 18 de março de 2012

Scott Kahn
“A tua lei, Senhor!
Uma arma na mão,
um caminho,
e em nome da Força e da Traição,
o teu pão
e o teu vinho!

Palha que nenhum burro come!
Porque num bicho assim
a sua fome
tem princípio e tem fim!”

Neste excerto, o sujeito poético mostra alguma ironia ao demonstrar que pão e vinho não alimentam o povo, pois este último tem fome do princípio ao fim da vida. Podemos declarar também que neste excerto o “eu” poético diz-nos que a lei de Nosso Senhor é uma arma e um caminho e mostra que esse caminho é em nome da Força e da Traição.
Ken Wong
"Agora tu, Senhor Homem,
que tanto gritas em mim!
Agora tu, com dentes que me comem
e tripas que me consomem!
Agora tu, coveiro do meu fim!

Como um rafeiro vil, eis-me a teus pés,
(Depois de Deus, só tu....) nu,
a dizer-te quem és!


Longe do céu, longe da terra, aqui
neste areal do Sonho onde cheguei,
venho entregar-me a ti, 
e cuspir-te na cara a tua lei!"

Neste poema o sujeito poético diz-nos na primeira estrofe que Deus tem o poder de tudo na vida, tem o poder de pôr fim e de dar início à vida humana. Nesta estrofe podemos encontrar também uma ponta de ironia quando o "eu" poético diz "Agora tu, com dentes que me comem e tripas que me consomem!": um espírito não come nem consome.
Na segunda estrofe o sujeito poético compara-se a um cão que se debruça sobre os pés do dono.
A terceira estrofe fala-nos do fim, quando nos entregamos à morte.