domingo, 26 de fevereiro de 2012

Peter Malone
"Cada ser é na vida
quantos a condição adivinhar...
A areia do deserto, ressequida,
é igual à do mar.

Eras tu açoitado, que gemias,
cortado na fundura  da raiz!
Eras tu, enforcado, que morrias
a insultar o juiz!"




Desperta-se um misto de sensações ao ler este excerto, entre dor e revolta.

O sujeito poético neste pequeno excerto mostra a sua revolta contra Deus Nosso Senhor. O eu poético mostra como Cristo sofria na cruz e não se importa com a dor que possa causar aos seus leitores , com expressões como "(...)tu açoitado, que gemias(,,,)" e "(...)tu, enforcado, que morrias(...)".

Na primeira estrofe podemos sentir uma ponta de ironia na voz do sujeito poético, pois ele faz transparecer  que os humanos podem ser comparados à areia do deserto que por sua vez poderá ser comparada à areia do mar.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Miguel Torga


Miguel Torga, pseudónimo de Adolfo Correia da Rocha, nasceu em 1907 em S. Martinho de Anta, concelho de Sabrosa, Trás-os-Montes, e faleceu em 17 de janeiro de 1995, em Coimbra.


Autor que por várias vezes foi nomeado para o Prémio Nobel da Literatura, tornou-se um dos mais conhecidos autores portugueses do século XX.


("Projecto Vercial", http://alfarrabio.di.uminho.pt/vercial/torga.htm)
Olá, este blogue insere-se no âmbito da disciplina de Literatura Portuguesa do 10º ano. Neste blogue pretendo apresentar a obra de Miguel Torga, Lamentação.

Obrigada pela vossa colaboração.